Cachoeiras exploratórias próximas de Brasília

Sendo Brasília a 3ª maior cidade do Brasil, é difícil acreditar que ainda existem locais desconhecidos em seu entorno. Estamos falando de 3 locais preservados, com trilhas curtas, cachoeiras límpidas e cerrado firme, distando não mais que 130km dos mais de 3 milhões de habitantes da capital do Brasil.

Cachoeiras da Safira

Localizam-se na porção mais a montante do rio Monteiro, tributário do Rio Verde. A serra é a Miguel Inácio, conhecida nas redondezas pelas possibilidades de canionismo. Os melhores acessos às cachoeiras da Safira encontram-se pela (sub-) Serra da Pouca Farinha, na margem direita, onde os desníveis podem chegar a 300 metros.

A primeira – e maior – cachoeira fica próxima da nascente. Pouco visível nas imagens de satélite por conta da sombra projetada pelo morro, foi ‘descoberta’ muito tempo depois das primeiras visitas nossas ao local. Quase 1.6km depois é que surgem as cachoeiras menores e mais agradáveis do rio, as Cachoeira da Safira propriamente ditas. O sol bate mais forte, sem barreiras. Os poços são fundos.

Dos locais citados nesse post, esse é o que enfrenta a maior pressão das fazendas ao redor. Não só pela presença de muitas lavouras na região, mas também pela proximidade de centros urbanos.

Cachoeira da Pedra Preta

A APA da Cafuringa, por ter boa combinação de córregos e desníveis, é a meca do ecoturismo dentro do Distrito Federal. Lá estão alguns aglomerados bem conhecidos de cachoeiras: Poço Azul, Chapada Imperial, Instituto Teosófico, Terra-Viva etc. A Cachoeira de Pedra Preta está ali também, um tanto tímida, difícil de notar até mesmo pelas melhores imagens de satélite.

A Pedra Preta é uma dentre as 4 ou 5 quedas do córrego de mesmo nome (ou com menor probabilidade, Córrego das Lajes… já que as cartas do IBGE não entram em consenso). A maior não deve passar de 25 metros, medidos com procedimento muito rudimentar. Apenas a Pedra Preta possui poço interessante.

Por sorte essas cachoeiras estão inseridas em múltiplas sobreposições de unidade de conservação, assegurando – a olho nu, pelo menos – a qualidade da água e a saúde do vegetação circundante. Aliás, a vegetação perto das cachoeiras estava bem fechada durante a nossa primeira exploratória. Em 2017 teve por lá uma queimada que desforrou praticamente todo o leito, mas o mato vem crescendo a passos largos desde então.

Poço dos Tucanos

Um pouco mais distante de Brasília, sentido Chapada dos Veadeiros, está o Poço dos Tucanos. Ainda que exista ali alguma queda d’água, ela é muito pequena para justificar a denominação Cachoeira dos Tucanos. A primeira visita ao local revelou dois poços esverdeados, de águas transparentes, num vale tão preservado quanto quente.

A julgar pelas pegadas e pelas marcas na pele, antas e carrapatos são presenças frequentes por ali. Peixes também. Em duas oportunidades foi possível notar grande quantidade de peixes em um dos poços, embora nos últimos tempos eles tenham diminuído bastante.

Poço dos Tucanos
Poço dos Tucanos visto de cima. O sol deu cor bonita ao poço nesse dia.

O Poço dos Tucanos localiza-se num córrego perene chamado Barreirinho ou Vãozinho (novamente uma imprecisão nas cartas do IBGE/Exército), praticamente dentro do Projeto de Assentamento Ciganos.

Galeria de fotos

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *