A Serra do Buracão ergue-se às margens da ainda não tão conhecida, mas certamente bem denominada, região do Acaba-Vida, área ‘montanhosa’ do norte goiano. Nasce por ali o rio São Bernardo, de vida curta, tributário do enorme rio Maranhão.
Nove cachoeiras espalham-se ao redor da serra, em córregos cujos nomes alternam-se entre a palavra normal e o correspondente diminutivo. Raizama, Raizaminha, Mucambo, Mucambinho etc. Os correspondentes de Buracão (a serra), Bocaininha e Machadinho ainda não apareceram, mas a lógica nos dá a garantia de que estão por lá.
Mas voltando às cachoeiras, 3 delas possuem tamanho razoável. A maior e ainda não visitada está bem à montante no S. Bernardo. Do restante, a maioria já foi alvo de nossas exploratórias. A mais difícil, por estar enfiada no fundo da serra, é a Cachoeira Verde (imagem acima).
Além das quedas d’água encontra-se por lá estruturas rochosas com potencial para escalada e uma série de mirantes fotogênicos. Do alto do maior cume é possível visualizar a imensidão preservada da própria serra do Buracão e ainda a extensa cadeia de morros do Passa-Nove.
A Serra do Buracão tem especial importância no projeto do Trilhas Perdidas em 2023, quando iniciaremos o plano de interligar – criando travessias ou circuitos – diversos locais já explorados ao longo dos últimos anos. A logística lá é adequada pois é perfeitamente possível empreender um circuito de 25 a 30km envolvendo paisagem de morros, cerrado preservado, cachoeiras e algumas trilhas minimamente consolidadas. E, ao que tudo indica, moradores compreensíveis. Ali o futuro é bom, ou melhor, bonzão.
