Cachoeiras do Constantino

Cachoeiras do Constantino

(Fotógrafo da foto de capa: Renan Braga)

As Cachoeiras do Constantino ficam no município de Niquelândia, Goiás, mas ainda muito longe de lá. Não há cidades grandes num raio de muitos quilômetros. A região é irregular: morros e chapadões dos mais variados formatos soerguem-se ali. Junte isso à quantidade de rios e córregos e terá uma composição perfeita para a existência de cachoeiras e belos cenários. Apenas no Rio Marrecas são 7 cachoeiras, ou 4 se pensarmos nas impressionantes 3 quedas do Constantino como formando apenas uma.

O Marrecas é perene, de águas transparentes e aspecto saudável. Seu percurso inicia-se alguns quilômetros antes de algumas fazendas de agricultura, encachoeirando-se entre escarpas por certa distância até que, de repente, jorra no profundo vale que recolhe as águas da Cachoeira do Constantino e do córrego dos boiadeiros. Esse vale que abriga as maiores cachoeiras da região também é chamado de Espinhaço do Chicão.

O nome Constantino surgiu pela falta de referência na época da primeira expedição, e corresponde ao sobrenome da família que tem a fazenda mais próxima da base das quedas. Essa família também construiu uma espécie de posto avançado na parte de cima do rio, bem às margens do leito, servindo como bom ponto de referência. E não muito distante dali existe outra tapera, de origem desconhecida.

As Cachoeiras do Constantino são, na verdade, 3 quedas altas: duas de mais ou menos 30 metros e a outra entre 80 – 90 metros. Todas as outras quedas do rio não passam dos 10 de altura, com poços largos e intensamente verdes.

Ficamos sabendo posteriormente que outro grupo, de outras cidades, teria já perambulado pela região. A confirmação se deu quando avistamos no topo da cachoeira algumas chapeletas de ancoragem artificial nas rochas.

Bate-papo com os locais

Todas essas informações foram obtidas a partir de conversa com moradores e fazendeiros locais.

  • Dizem que há não muito tempo algumas terras daquela região eram propriedades de Joaquim Roriz, ex-governador do Distrito Federal. Mas foram desapropriadas por algum problema com a justiça;
  • Existem ou existiram alguns pequenos garimpos por lá. Algumas trilhas ou pequenas estradas foram abertas por trabalhadores desses garimpos. É possível, inclusive, que as Cachoeiras do Constantino sejam também chamadas de Cachoeiras do Garimpo.
  • Diz a família Constantino que ali perto da fazenda existe uma caverna, escondida numa espécie de grota, que em algum momento teria servido de moradia para um ‘velho’.

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